| 
                   WALTER FERNANDEZ  CALVIMONTES 
                  ( Bolívia ) 
                   Poeta e  educador nascido em Uyuni (Potosí, Bolívia) em 1914 e falecido em Cochabamba  (Bolívia) em 1954. Com estudos em ciências políticas e sociais em Sucre e  Buenos Aires. Como jornalista foi diretor de 'El Debate' em La Paz, em  Sucre dirigiu 'La Fronda'. Ele também atuou como professor de literatura e  gramática. 
                  Muito  original em sua produção. Malabarista das palavras, buscava a musicalidade e  sensação auditiva, desfazendo a lógica e o conceito. Fué el "Poeta de la  Revolución" coberto de êxitos pelos anos 50 mas terminou em completo olvido e  abandono. Seus versos têm agilidade e audácia. 
                  Publicou: "Primeros ensayos", 1932; "Replandores"m 1935;  "Barcarola"m 1938; "Fuegos artificiales", 1942; "Aguayo de Viento", 1947;  "Desátate de Trenzas", María Bartola", 1953. 
  
                  TEXTO  EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                  
                  BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesia boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.   13,5x19 cm.   
                    Ex. bibl. Antonio Miranda 
                    
                  INSOMNIO DEL CORAZÓN 
                     
                    El corazón que  nunca me ha enganado, 
                      con su tic tac preciso y relojero, 
                      me ha hecho saber que estoy enamorado 
                      de una mujer con ojos de aguacero… 
   
                      De  una mujer con sol en el perfil 
                      y eclipses de misterio al caminar, 
                      pero sabia en el arte de besar, 
                      que no sabe llorar sino reír 
                      y cuando se trata de engañar, 
                      me lo dice de frente sin mentir… 
   
                      De  una mujer ideal que me conviene, 
                      no es morena, no es pálida, no es rubia; 
                      de todos los peligros me previene, 
                      cada mañana se levanta en una 
                      borrachera de luz que me entretiene, 
                      se envuelve en un azul salto de lluvia 
                      y se peina las trenzas que no tiene… 
   
                      El  corazón que siempre está en lo cierto 
                      aunque sienta que el himno de la muerte, 
                      con su cáliz abierto, 
                      en vinagre la sangre me convierte, 
                      no ha de decir que he muerto 
                      mientras haya un tic-tac que me despierte. 
   
   
  ROMANCE DE LAS CARICIAS 
   
         Te  seguiré sobre el lecho 
    persiguiendo mariposas 
    bajo las sábanas rosas 
    en que se duermen tus pechos, 
    para resbalarme luego 
    por las negras y anilosas 
    serpientes de tus cabellos… 
  
                  … y entre tu  vientre combado 
                    donde el amor está ardiendo, 
                    caerán mis dedos delgados, 
                    como diez dados pintados 
                    con los puntos del Infierno…  
                    
                  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    Tradução LIVRE de ANTONIO MIRANDA 
                    
                  INSOMNIO DEL  CORAZÓN 
                     
                    O coração que nunca me ha enganado, 
                      com seu tic tac preciso e relogeiro, 
                      me fez saber que estou apaixonado 
                      de uma mulher com olhos de aguaceiro… 
   
                      De  una mulher com sol em seu perfil 
                      e eclipses de mistério ao caminhar, 
                      mas sabia na arte de beijar, 
                      que não sabe chorar senão rir 
                      e quando se trata de enganar, 
                      me diz de frente sem mentir… 
   
                      De  uma mulher ideal que me convém, 
                      não é morena, não é pálida, não é ruiva; 
                      de todos os perigos me previne, 
                      cada manhã se levanta em uma 
                      embriaguez de luz que me entretém, 
                      se envolve em um azul salto de chuva 
                      e se penteia as tranças que não tem… 
   
                      O  coração que sempre está no que é certo 
                      embora sinta que o hino da morte, 
                      com seu cálice aberto, 
                      em vinagre o sangue me converte, 
                      não haverá de dizer que eu morri 
                      enquanto houver um tic-tac que me desperte. 
   
   
  ROMANCE  DE LAS CARICIAS 
   
         Te  seguirei sobre o leito 
   
    perseguindo borboletas 
    sob os lençóis rosados 
    em que dormem teus seios, 
    para resvalar-me logo 
    pelas negras e em anilina 
    as serpentes de teus cabelos… 
  
                  … e entre teu ventre corcovado 
                    onde o amor está ardendo, 
                    cairão meus dedos delgados, 
                    como dez dados pintados 
                    com os pontos do Inferno…  
                    
                  * 
                     
                    VEJA e LEIA outros poetas da BOLÍVIA em nosso Portal: 
   
                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html  
                    
                  Página publicada em  julho de 2022 
                    
                    
                    
 
  |